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Tapira Teen - A Revista Digital de Tapira
Publicado em: 09/07/2024
História do Juventude: Tricampeonato do Ruralão em 2008
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No ano de 2008 o Juventude Explosiva se consagrou definitivamente ao conquistar o seu terceiro título de Ruralão no período de quatro anos, mas para contar essa história é necessário voltar às fases anteriores da competição.

Se na primeira fase o time tapirense se classificou na segunda colocação com uma rodada de antecedência ao vencer a então atual campeã Máfia por 4x1 - com gols de Herculis Rezende (2), Leonardo Souza e Ninico -, as demais fases foram marcadas por muita dificuldade e emoção.

Na segunda fase, onde os primeiros e segundos colocados de um grupo formavam um quadrangular com os terceiros e quartos do outro, o Juventude Explosiva encarou o Juventude da Antinha, a Fazenda Campos e o forte time do AC - para o qual já havia perdido a última partida da fase inicial por 3x1.

O primeiro jogo, disputado no dia 04 de maio de 2008 no campo intitulado como "Canil", em Araxá, foi contra a equipe do Juventude da Antinha. O palco da partida era um verdadeiro "terrão", sem a mínima condição de receber uma disputa esportiva. No entanto, os tapirenses adentraram às quatro linhas com o intuito de superar essa dificuldade e construir um bom resultado, o que veio a duras penas.

Logo no início, Café pegou a sobra de um escanteio e bateu firme para o fundo das redes anotando o primeiro gol tapirense. Desde então, o Juventude Explosiva foi pura pressão. Chances perdidas e bolas na trave deram o tom de quase toda a primeira etapa. Entretanto, nos últimos minutos do primeiro tempo o adversário reagiu e começou a atacar - atitude que surtiu efeito no início do segundo tempo, quando o time da Antinha empatou a partida. Aí entrou em cena o meia Eduardo Rezende, que acabara de entrar e com dois gols decidiu o jogo a favor do Juventude Explosiva - 3x1.

A segunda partida aconteceu no dia 11 de maio de 2008, na Praça de Esportes Geraldo Gomes de Menezes, em Tapira, contra a Fazenda Campos. O jogo foi bem tranquilo, com a equipe tapirense abrindo cinco gols de vantagem - Heldemir, Wellington, Herculis Rezende, Leonardo Souza e Café marcaram. Apenas no final, quando o Juventude trocou sete jogadores, é que a Fazenda Campos esboçou uma reação, balançando as redes duas vezes. No final o placar apontou o resultado de 5x2 a favor do Juventude.

O que parecia ser praticamente a classificação antecipada, não se concretizou pela impensável vitória do Juventude da Antinha contra a Fazenda AC por 3x0, deixando todos os quatro times em condições matemáticas de avançar às semifinais.

A Fazenda AC, adversária da rodada decisiva, realizada no dia 18 de maio de 2008 no campo da AFA, tratou de complicar ainda mais a situação, vencendo um jogo bastante tenso e equilibrado pelo placar de 2x0 e colocou o Juventude nas mãos da Fazenda Campos, que precisava segurar o Juventude da Antinha para que o sonho do tricampeonato tapirense não acabasse tão cedo. O jogo aconteceu na sequência e os torcedorese atletas tapirenses não arredaram o pé sequer um segundo, atentos, ávidos por um resultado que lhes fosse favorável. E a torcida deu certo. O jogo terminou empatado em 1x1 e os bicampeões se classificaram sob muita tensão.

Nas semifinais o oponente foi a equipe da Argenita. Naquela época a partir das semifinais as disputas eram realizadas apenas no Estádio Municipal Fausto Alvin, na cidade de Araxá.

No primeiro jogo, desde o início os dois times, muito parelhos, tiveram ótimas oportunidades e faziam um ótimo espetáculo. Em uma dessas chances, Aldair Fominha cruzou para Alex Ferreira, no segundo pau. Ele, cabeceou no contrapé do goleiro e colocou o Juventude na frente. Depois do gol, o time tapirense cresceu e, em uma jogada individual, Carlão cortou o lateral adversário e bateu cruzado. O zagueiro da Argenita tentou tirar, mas cabeceou contra o próprio patrimônio, 2x0 Juventude.

No segundo tempo a Argenita foi em busca de um melhor resultado e de tanto insistir acabou marcando em uma bola rebatida após a cobrança de um escanteio. Com isso a partida se tornou um jogo de xadrez. A Argenita buscava o gol, mas não podia se esquecer do aspecto defensivo. E foi o que aconteceu. Num contra-ataque, Jadirão esticou bola para Carlão no bico da área, ele deu um corte para o meio, colocou uma "curva" na bola e balançou as redes: Juventude 3x1 - resultado final.

Na segunda partida, realizada no dia 08 de junho de 2008, O Juventude poderia até perder por um gol de diferença para avançar à grande final.

Ao avesso do primeiro jogo - onde a equipe tapirense fez a sua melhor partida no torneio, o Juventude não se encontrou em campo em momento algum. Talvez se apoiando na vantagem de poder perder por um gol de diferença, a equipe tenha aceitado a pressão do adversário desde o início do jogo, sofrendo muito para não levar um gol.

Entretanto, como o futebol está longe de ser uma ciência exata, no fim do primeiro tempo, Aldair Fominha recebeu ótimo passe de Jadirão e marcou para o Juventude. O segundo tempo corria a favor da vantagem tapirense, mas o juiz assinalou um pênalti para a Argenita - que converteu e se reanimou no jogo.

Com grande volúpia ofensiva o time da Argenita marcou o segundo e quase o terceiro - não fosse o travessão. Mas ..., novamente, a velha máxima do futebol entrou em ação. Time que não faz, realmente leva. No apagar das luzes, Aldair Fominha - o nome do jogo, empatou para o Juventude e garantiu a classificação da equipe para a quarta decisão em cinco anos de disputa no Ruralão.

E eis que mais uma vez o destino colocaria no caminho do Juventude a Fazenda AC, time que havia vencido os tapirenses nas duas fases anteriores e que se configuraria no seu grande adversário.

Na primeira partida, realizada no dia 22 de junho de 2008, a tônica foi de muita pegada, mas logo no início, a equipe do AC abriu o marcador com um chute que fez a bola primeiro bater na trave e depois ultrapassar a linha de gol - antes que a mesma estufasse as redes, a zaga do Juventude tentou se safar, mas já não havia como, AC 1x0.

O time de Tapira não se rendeu e passou a atacar o adversário, até que em uma ótima jogada de Carlão o goleiro do AC rebateu a bola e Herculis Rezende conferiu de cabeça, igualando o placar.

O segundo tempo também foi muito brigado, com muita entrega de ambas as partes, mas o treinador do Juventude, Clebinho, fez uma alteração avançando o lateral Jadirão para o meio de campo, e daí para frente só deu Juventude.

Jadirão incorporou muito bem a necessidade dos tapirenses de reverter a vantagem que era do AC. Primeiro ele roubou uma bola no meio de campo, avançou todo o terreno e, do bico da grande área, serviu Carlão que estava de frente para o gol. O atacante tocou com categoria no canto esquerdo do goleiro e virou o marcador.

Logo em seguida Leonardo Souza fez ótima virada de bola para Jadirão, que partiu com a mesma dominada até ficar de frente para o goleiro, que nada pôde fazer diante de sua ótima finalização: Juventude 3x1 AC, placar final.

Chegada a partida decisiva, ocorrida no dia 29 de junho de 2008, o Juventude entrou no gramado do Estádio Municipal Fausto Alvin, na cidade de Araxá, podendo perder por até um gol de diferença para ficar com o título, mas como do outro lado estava a forte equipe da Fazenda AC, já com uma grande rivalidade construída ao longo do campeonato, o jogo não poderia ter outra conotação que não fosse de muita tensão.

Desde o início, o duelo sempre foi comandado pelo AC, que buscou o resultado com muito afinco. No final do primeiro tempo - pouco após ter a sua trave carimbada duas vezes no mesmo lance, o Juventude perdeu o atleta Katiano expulso.

Com isso o AC, buscou ainda mais o ataque no início do segundo tempo. E não é que em uma destas ofensivas, Aldair Fominha, no contra-ataque fez o que pouca gente esperava: abriu o placar para o Juventude. Algum tempo depois, e após muitos outros ataques do AC, Carlão, em contra-ataque novamente, faz 2x0 Juventude.

A partir desse momento aconteceu uma verdadeira blitz do AC para cima do Juventude - que perdeu mais um atleta expulso: Leonardo Souza. De tanto atacar o AC conseguiu o empate em 2x2, mas já não havia tempo para mais nada, o Juventude erguia pela terceira vez a Taça de Campeão do Ruralão.

Poucas vezes na história do futebol regional se viu um time tão aguerrido e imbuído em prol de um título. A verdade é que o Juventude foi coração, e esse coração bateu mais forte do que todos os outros.

"O Juventude campeão do Ruralão 2008 foi um time cascudo, que chegava à sua quarta final em cinco anos e que já tinha sobre os ombros duas faixas de campeão do torneio. Embora a semifinal contra a Argenita tenha sido dificílima, o nosso grande adversário na competição foi a Fazenda AC. Nas duas fases anteriores havíamos perdido por dois gols de diferença para eles. E eles estavam novamente no nosso caminho, agora na final. O AC era um timaço, com jogadores de renome no futebol amador de toda a região. Mesmo quando vencemos o primeiro jogo da final por 3x1 e fomos para a segunda partida com essa vantagem, sabíamos que era pouco, pois eles já tinham conseguido vitória por essa diferença de gols duas vezes contra nós. O jogo derradeiro foi sensacional, com o Juventude perdendo dois jogadores expulsos e se desdobrando em campo, se multiplicando e conseguindo na raça um empate heroico. Naquele dia nós entramos para a história dos grandes times do Ruralão e nos tornamos o time mais vencedor da história de Tapira" - destacou Cleber Lellis.

Título garantido, taça erguida, foi a vez de a equipe receber, ainda no gramado do Estádio Municipal Fausto Alvin, um atleta que havia começado a competição com o time, mas que um grave acidente o havia tirado de grande parte do torneio.

O meia-atacante Ney foi recebido pelos atletas, que dedicaram o título a ele e fizeram uma oração agradecendo a Deus pela sua vida!

Ney fez parte do Juventude nos primeiros tempos da equipe. Ele que se destacara tanto naqueles Campeonatos Municipais dos anos 1990 e que passara por um momento tão difícil, estava ali para compartilhar dessa grande conquista!

A equipe do Juventude entrou em campo com Jadir; Pauloez, Macuco, Katiano e Ivair; Café, Wellington, Herculis e Biro-Biro; Aldair Fominha e Carlão.

Essa matéria foi escrita com contribuição do acervo do Jornal O Tapir e do Tapira Teen.

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