O pica-pau-de-cabeça-amarela (Celeus flavescens) é uma ave da ordem dos Piciformes, da família Picidae. Também conhecida como cabeça-de-velho, joão-velho, pica-pau-amarelo, pica-pau-loiro, pica-pau-velho e pica-pau-cabeça-de-fogo. Destaca-se pelo vistoso topete amarelo que dá origem à maior parte de seus nomes populares.
Mede entre 27 e 30 centímetros de comprimento e pesa entre 110 e 165 gramas. Cabeça e face amarelos, com proeminente topete da mesma cor; macho com faixa malar vermelha. Partes superiores pretas, barradas de branco e partes inferiores uniformemente pretas.
Alimenta-se de insetos, suas larvas e ovos, formigas e cupins nas árvores ou no solo e de uma grande variedade de frutas e bagas. Foi documentado tomando néctar de flores em duas espécies de plantas do dossel, Spirotheca passifloroides (Bombacaceae) e Schwartzia brasiliensis (Marcgraviaceae), em Mata Atlântica do sudeste do Brasil. Spirotheca passifloroides floresce por três meses no inverno, ao passo que S. brasiliensis floresce ao longo de dois meses no verão. As flores de ambas as espécies produzem néctar abundante e diluído. Visita várias flores por planta, tocando as anteras e os estigmas com a cabeça e o pescoço, assim agindo como polinizador.
Vive na Mata Atlântica, matas mesófilas, matas secas, matas de araucária, matas de galeria, caatinga, cerrados, eucaliptais, parques e zonas rurais arborizadas. Encontrado geralmente em casais ou em grupos familiares de 3 a 4 indivíduos.
Vocalização: Frequência fortemente descendente e ressonante, com as sílabas bem pronunciadas e destacadas “(tzü tzü tzü tzü)” ( canto territorial ); “tttrrr” (raiva). Tamborila em seqüência rápida.
Segundo os registros postados no site Wiki Aves, do qual retiramos também as informações acima, o pica-pau de cabeça amarela habita a região do Centro-Sul do Brasil, compreendendo uma parte da faixa litorânea da Bahia, o sul do estado de Goiás e leste do Mato Grosso do Sul, regiões Sudeste e Sul. Embora não esteja em nenhuma lista de aves ameaçadas de extinção ele é consideravelmente raro.
A fotografia acima foi capturada na região do Tamboril, município de Tapira, local onde a ave pôde ser vista com relativa facilidade nas matas ciliares próximas à uma propriedade rural.