Tapira tem vivido nos últimos dias um intenso desafio no que tange às suas condições climáticas, com a ocorrência de extremos que mais parecem os encontrados em um deserto.

Na terça-feira (09) uma nuvem de poeira e fuligem de queimadas embaçou a paisagem e espalhou sujeira em toda a cidade, causando muita dificuldade de respirar nas pessoas.

Desde ontem (11) o município tem sofrido com níveis baixíssimos de umidade do ar, com índices que podem cair abaixo dos 12%, valor menor até mesmo do que os comuns ao deserto do Saara, cujas condições variam entre 14% e 20%.

Essa condição atual, de alerta vermelho pelo tempo seco, ainda tem mais um agravante, boa parte do Brasil Central tem vivido uma onda de calor, com temperaturas altíssimas, que chegaram a 42,9ºC em São Miguel do Araguaia (GO).

Como Tapira está situada em um local de elevada altitude, ainda está sendo palco de temperaturas consideravelmente baixas nas madrugadas e inícios de manhã. O termômetro instalado no totem do Sicredi, localizado na Praça Antônio Venâncio de Souza, marcava a temperatura de 4° C na manhã de ontem (11).

Essa demasiada amplitude térmica, que as vezes mais parece uma gangorra, juntamente com o tempo seco, configuram um verdadeiro desafio para a saúde pública, aumentando de forma escalar a incidência de doenças respiratórias.

Segundo os sites de previsão climatológica esse final de semana deve ser regido pelas mesmas condições, com uma intensificação do calor, que em alguns locais no Centro Oeste do Brasil podem atingir temperaturas próximas a 44° C.

Até o fim desse período extremo é importantíssimo beber bastante líquido, não realizar atividades físicas, evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia, usar hidratante para pele, umidificar o ambiente e evitar bebidas diuréticas (café e álcool).