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Tapira Teen - A Revista Digital de Tapira
Publicado em: 31/03/2020
A pandemia e o agronegócio em Tapira
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Enquanto o coronavírus paralisou grande parte das atividades nos centros urbanos, na zona rural os produtores continuam se desdobrando para manter as suas atividades em dia para garantir que o Brasil não pare.

Se em tempos de vacas gordas o agronegócio já é responsável por ser a mola propulsora da economia brasileira e o fiel da balança que garante números positivos para o país quando o assunto é o comércio exterior, em tempo de crise ele passa a ser mais fundamental ainda.

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, o Brasil registrou em 2019 um superávit comercial (diferença entre exportações e importações) de US$ 46 bilhões. As exportações brasileiras naquele ano atingiram a marca de US$ 224,01 bilhões e US$ 96,8 bilhões vieram apenas do agronegócio.

Com a pandemia do coronavírus os produtores rurais mais uma vez ficam de orelha em pé e esperam com muita ansiedade os desdobramentos, torcendo para que a classe que leva o alimento à mesa do brasileiro não seja prejudicada.

Embora os preços do milho, soja e outros produtos tenham alcançado níveis históricos nos últimos dias por conta das incertezas quanto às condições climáticas para a segunda safra e, ainda, pela alta do dólar que tem impulsionado as exportações, poucos tapirenses vão colher os dividendos desse viés de alta, uma vez que a maioria da produção local é efetivada por pessoas de outras cidades, que arrendam terras por temporada.

A maioria dos produtores rurais de Tapira baseia suas atividades na pecuária leiteira, alguns produzindo ainda o queijo e vendendo bezerros anelorados na desmama.

No que tange ao gado de corte, embora a nível nacional estejam acontecendo vendas de animais com arroba ultrapassando os R$ 200 em alguns casos, a realidade por aqui é outra, com uma desaceleração dos negócios por causa da pandemia.

Pior cenário ainda se desenha para quem produz o famoso queijo minas, que foi o responsável por gerar a renda necessária para que algumas gerações de tapirenses fossem criadas. Atualmente, com as barreiras sanitárias instaladas das divisas do estado, a maioria dos queijeiros não tem recolhido a produção ou pagado um valor menor por ela, e esse fator tem gerado um grande entrave econômico aos produtores.

Os produtores de leite, por sua vez, ainda trilham um cenário um tanto quanto obscuro. Se por um lado os laticínios que captam na região ainda não tenham falado em quedas no preço pago ao produtor, a ração já sofreu um considerável aumento forçada pela alta das cotações da soja e do milho.

Além disso, a paralisação do funcionamento de restaurantes e escolas tem causado uma diminuição do consumo em geral e não se sabe até quando os laticínios conseguirão captar todo o volume produzido, ou mesmo manter os preços. Indústrias do Nordeste estão recomendando aos produtores de leite que reduzam a produção da matéria-prima nas próximas semanas.

Como Tapira é uma cidade altamente dependente do agronegócio fica a expectativa para que essa pandemia seja contida em um curto espaço de tempo e não impacte tanto o homem do campo.

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