A cavalgada de São Sebastião tem se notabilizado por reunir tradição e fé em um caminho que faz nossas mentes mirarem em um passado bastante remoto.
Todos sabem que Tapira surgiu em torno da fé de um povo que rezava aos pés de um cruzeiro e que, após construírem a Igreja de São Sebastião, primeira edificação do local onde hoje se encontra a cidade, um povoado começou a nascer.
Também não é segredo para ninguém que a cavalgada é uma prática que existe em Tapira desde os primórdios da ocupação humana, pois o animal em questão era o único meio de locomoção desta gente em uma época em que a modernidade ainda estava longe de acontecer.
O dia 20 de janeiro de 2012 serviu para mostrar aos mais jovens um pouco da tradição tapirense. Aquela incontável procissão de pessoas montadas a cavalo que ordeiramente desfilavam enfileiradas pelas ruas de Tapira é um convite à nostalgia, ao relembrar do passado, ao trazer de novo à mente histórias de um tempo que não volta, de uma época inesquecível.
“Essa é a maior cavalgada que temos conhecimento em Tapira. Primeiro pela forma organizada e respeitosa com que aconteceu, respeitando as tradições e dando exemplo de civismo. Depois, não podemos deixar de constatar que mais de 400 cavaleiros tomaram parte nesta cavalgada. Realmente é algo inesquecível. Só São Sebastião mesmo para nos proporcionar momentos como este!” - declarava o Padre Sérgio Márcio de Oliveira ao chegar à cidade montado em um belo animal.
Mais de uma centena de pessoas se posicionaram nas ruas por onde a cavalgada passou, todos extasiados de emoção, ouvindo o canto dos carros de boi que puxavam a cavalgada, fazendo com que a maioria de nós deseje que momentos como este se repitam mais vezes.
Também é importante mencionar a presença do jovem Aron, que desfilou em cima de um carro de boi, interpretando São Sebastião amarrado e ferido por setas mortais, fato que engrandeceu ainda mais a cavalgada, dando mais vida ao de se recordar o mártir padroeiro de Tapira.
Ao final, já na escadaria da Igreja Matriz de São Sebastião, o Padre Sérgio Márcio de Oliveira procedeu à benção do sal, e logo após, vários recipientes com o sal abençoado foram distribuídos aos fazendeiros, uma vez que se acredita que São Sebastião seja protetor da classe.