Na última segunda-feira (8), foi celebrado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. Essa substância, produzida basicamente pelo fígado, é essencial para a produção de hormônios, metabolização de vitaminas e digestão dos alimentos. O problema ocorre quando ela é encontrada em excesso no organismo. Segundo o consultor da Rede Hiperdia da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Aílton Cesário Alves Júnior, pessoas com taxas elevadas de colesterol têm maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, tais como angina, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, derrame e doença arterial periférica. "As alterações no colesterol podem ser provocadas por fatores genéticos; uso de alguns medicamentos como os betabloqueadores, diuréticos e corticosteróides; em decorrência de doenças como hipotireoidismo, diabetes, insuficiência renal crônica, obesidade; e, principalmente, por hábitos de vida inadequados, como a má alimentação", explica. De acordo com a nutricionista do Núcleo de Alimentação e Nutrição da Diretoria de Promoção à Saúde da SES, Isabel Cristina Bento, os alimentos que mais contêm colesterol são o bacon, chantilly, ovas de peixes, biscoitos amanteigados, doces cremosos, peles de aves, camarão, queijos amarelos, carnes vermelhas com gordura, massas folhadas, gema de ovos, sorvetes cremosos, creme de leite, lagosta e vísceras. "A pessoa que está com o colesterol alto deve procurar consumir gordura monoinsaturada (gordura boa) encontrada nas frutas, legumes, fibras e grãos integrais. No entanto, não há uma dieta milagrosa para diminuir o colesterol. Cada caso deve ser visto de maneira individualizada", completa. O colesterol é classificado em dois tipos: HDL (colesterol bom) e LDL (colesterol ruim). O HDL remove o excesso de colesterol no sangue, reduzindo o risco de formação de placas de gordura. Já o LDL é responsável pelo acúmulo de placas de gordura nas artérias, o que dificulta a passagem do sangue e, consequentemente, pode trazer riscos à saúde. Ainda que a maioria das pessoas não apresente sintomas, Aílton Júnior recomenda a periodicidade de exames de acordo com o grau de risco ou complexidade de cada paciente. Para a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o índice ideal do colesterol total tem que estar abaixo de 200mg/dl. (fonte: agenciaminas.mg.gov.br)