A última semana fez com que Tapira revivesse os seus tempos mais remotos, onde o frio era a sua marca registrada e a paisagem natural era constante refém de suas intempéries.
Desde o domingo (07), quando uma geada histórica se formou em Tapira, foram seis dias ininterruptos em que o orvalho se congelou e as manhãs começavam com geada se acumulando sobre os carros, telhados e plantas.
Com isso, produtores de hortaliças empilharam prejuízos, pecuaristas assistiram seus pastos secarem e tiveram que buscar alternativas para suprir a alimentação de seus rebanhos e o cidadão comum tirou os casacos do guarda-roupa, muitas vezes descobrindo que não eram suficientemente quentes para enfrentar o clima gélido.
Nas últimas décadas o frio em Tapira seguia a tendência global, com frentes frias causando dois ou três dias de frio, mas logo o clima esquentava. As ocorrências de geada eram isoladas, não se formando em um sequencia de dias, mas dessa vez foi diferente.
Durante seis dias, os termômetros sempre tenderam a 0º - no dia 07 marcaram abaixo disso e nos demais ficaram muito próximos. Os mais experientes tapirenses então se recordaram de tempos idos, que já haviam caído no esquecimento.
A paisagem natural no entorno da cidade representa bem a situação climática vivida na última semana. Os pastos secos, mangueiras com suas folhas sapecadas e uma ausência da cor verde na paisagem revestem a Tapira moderna com uma roupagem de sua antiga versão.
As previsões climáticas indicam que os dias frios permaneceram em boa parte do mês de julho, basta saber se serão tão gélidos quanto os que vivenciamos na última semana.